FAESP: safra paulista de grãos se recupera das adversidades climáticas e estimativa cresce 21%
Previsão, com dados da Conab, é de 10,45 milhões de toneladas para 2021/2022, com melhores perspectivas para a soja e milho
A estimativa da safra paulista de grãos é de 10,45 milhões de toneladas na safra 2021/22, volume cerca de 21% superior ao obtido na última safra. A previsão consta do 7º Levantamento elaborado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP), com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do mês de abril. “A recuperação das lavouras paulistas frente aos prejuízos causados pelas adversidades climáticas na safra passada e as melhores perspectivas para as safras de soja e milho resultaram numa estimativa de produção positiva”, afirma o presidente da FAESP, Fábio de Salles Meirelles.
Conforme o Levantamento, os grãos de verão devem somar 10,18 milhões de toneladas, aumento de 21,4% em comparação com a safra 2020/21. Para os grãos de inverno, a projeção é de queda de 6,94% no volume colhido, avaliado em 275,4 mil toneladas.
De acordo com o presidente da FAESP, o grande destaque da safra paulista de grãos 2021/22 é o milho safrinha, para o qual se estima um incremento de 85,3% no volume produzido, previsto para 2,65 milhões de toneladas. A primeira safra da cultura deve resultar em 1,91 milhão de toneladas, sinalizando um aumento de 3,75%. “No total das duas safras, a projeção é de 4,56 milhões de toneladas colhidas, quase 40% a mais que na safra 2020/21”, destaca o presidente.
As expectativas para a produção de soja também são positivas. Ao final de março, 85% da área cultivada com a cultura já havia sido colhida. Com produtividade acima das previsões iniciais, estimam-se 4,68 milhões de toneladas de soja, volume 8,85% maior que o obtido na safra passada.
Outro destaque positivo é para o caroço de algodão, com aumento de 84,2% previsto para a produção desta safra, avaliada em 21 mil toneladas. As boas perspectivas de preços neste ciclo elevaram a área plantada de algodão em 72,3%, passando de 4,7 mil hectares para 8,1 mil hectares.
Entre os destaques negativos, a atenção é para a produção de sorgo, que foi revisada para baixo neste último levantamento. Anteriormente estimada em 34,7 mil toneladas, a produção do grão é agora avaliada em 29,5 mil toneladas, sinalizando queda de 15% do sexto para o sétimo levantamento. Contudo, esse volume ainda representa incremento de 16,6% em comparação com a produção da safra anterior.
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